No momento em que o Papa chega para tentar unir seu rebanho, os bispos nordestinos não se entendem. Tudo por conta do PAC (agora virou moda) do São Francisco.
Enquanto a maioria apoia a idéia de revitalização do rio, uma outra maioria é contra as obras de transposição das águas. No meio de tantas maiorias, ninguém se entende por lá ....
"Havia antes uma cortina de fumaça e propaganda enganosa, pois se alegava que o objetivo era dar água à população. Hoje, vê-se que o objetivo é favorecer o agro e o hidronegócio, a carcinocultura (produção de camarão) e o uso industrial", afirma o bispo de Barra, aquele mesmo que já fez até greve de fome.
Difícil mesmo é entender o que têm estes padres contra "o agro e o hidronegócio, a carcinocultura e o uso industrial". Até parece (?) discurso de ativista do MST ...
Para um rio cujas águas já não têm mais vida, onde suas margens estão assoreadas, onde o deserto vai se espalhando na região, onde a população não encontra mais do que sobreviver e já abandonou suas atividades e o turismo incipiente do passado já não existe, "dar água à população" é a solução ?
Pelo andar da carruagem, parece que os bagres do Madeira estão com mais prestígio do que o clero do São Francisco.
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