Publicado no jornal "Estado de São Paulo" :
A Sabesp ainda não tem um número exato de quanto custaria o projeto de despoluição total do Rio Tietê, mas estima que seriam necessários mais de R$ 3 bilhões, com financiamentos internacionais e do governo federal, para conseguir tratar o esgoto produzido pelos 17 milhões de habitantes na Região Metropolitana de São Paulo, um dos principais causadores da poluição no rio. Estudo da Cetesb mostra que o Tietê ficou ainda mais poluído em 2006, devido detergente, esgoto sem tratamento e sujeira sólida.
“Passa de 15 anos o tempo para tratar esse esgoto de São Paulo. A expectativa da Sabesp é saltar dos atuais 62% de esgoto tratados na grande São Paulo para 70% em 2008, quando será concluída a segunda fase do projeto de saneamento ambiental do Tietê”, explicou Antonio Cesar Costa e Silva, da diretoria de Tecnologia e Planejamento da Sabesp.
O Projeto Tietê teve início em 1992 e já consumiu US$ 1,5 bilhão, ou mais de R$ 3 bilhões. Houve financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Caixa Econômica Federal, além de recursos da Sabesp. Com as obras da primeira fase, os índices de tratamento aumentaram de 24% para 62% na grande São Paulo. No início do projeto, falava-se em 20 anos para sua conclusão. A finalização da segunda etapa está prevista para 2008.
“Vão faltar 40% a serem tratados, e a população vai aumentar. Não vejo o trabalho de despoluição em menos de 20 anos. É um processo que não termina nunca. Precisa de planejamento, integração das prefeituras e dos governos em todos os níveis”, criticou Gustavo Veronesi, do Núcleo Pró-Tietê da Fundação SOS Mata Atlântica.
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