domingo, 15 de julho de 2007

Há 75 anos

O redator-secretário do “jornal das multidões”, Paulo Sarasate, fez uma matéria do que viu e observou no campo de concentração do Ipú. No que se refere à alimentação dos concentrados, são mortos diariamente vinte bois e consumidos 40 quilos de farinha. À entrada do campo, cada flagelado é registrado na secção cadastral e depois enviados a secção vacinação, a que todos são obrigados sem qualquer exceção. Sendo que nenhum flagelado pode ficar inativo um só dia. Dentre os serviços já feitos por eles, destacam-se a fabricação de telhas e tijolos para os prédios dos Correios e Telégrafos e o calçamento de várias ruas do Ipú.

Nota da Redação: Os campos de concentração no ceará surgem com a Seca de 1932. O campo de concentração do Ipú foi inaugurado em 26 de abril de 1932, pelo tenente Floriano Machado. Ficando localizado em um grande terreno de propriedade de Souto Maior, mas que foi cedido ao governo. Inicialmente, ele abrigou 1.600 pessoas, e no momento da visita de Paulo Sarasate constava de 9.012 pessoas.

Publicado pelo Jornal das Multidões, CE

Um comentário:

allezoom disse...

oi
MG GRANDE BLOG!!!
SÓ A IRONIA NOS SALVA
!!!!
ABÇ