quarta-feira, 18 de julho de 2007

O governo é culpado, sim!

Transcrito do Blog dos blogs

Tenho notado nos comentários dos internautas que eles têm pautado muito as suas opiniões por quem é contra e quem é a favor do governo.

Então, antes, vou deixar claro de que lado não estou: Não sou governista, nem sou oposição. Acho que a imprensa está vivendo uma síndrome oposicionista sim, especialmente a cúpula dos mais fortes jornais, TVs e revistas do país.

Agora, a propósito deste acidente aéreo em Congonhas, com prováveis cerca de 200 mortos, não tem governismo nem oposicionismo. Independentemente de saber se a culpa foi das ranhuras da pista do aeroporto liberado às pressas, ou não, é evidente que isso tudo se insere no ambiente de caos no sistema aéreo que o país está vivendo.

Não dá mais para aguentar! E não dava para aguentar há muito tempo. O próprio presidente Lula sabia disso, logo no início, quando exigiu data e hora para a crise acabar. E a crise não acabou... Não acabou e alguma autoridade foi punida? O ministro da Defesa? O presidente da Infraero? O comandante da Aeronáutica? Houve alguma intervenção profunda no sistema?

Nada. Nada de significativo... Ouça as gravações de alguns pousos recentes em Congonhas. Você notará que elas foram feitas por controladores de vôo mostrando que a pista estava escorregadia. Se foi isso que causou especificamente este acidente, pouco importa. O fato é que um aeroporto não pode funcionar com pista escorregadia. Ainda mais tão próxima a uma avenida como a Washinton Luiz, em São Paulo.

E as gravações também mostram o mau humor dos controladeores. É evidente que o problema com a categoria não foi resolvido. Não que o governo tenha que ceder. Mas tem que resolver! Não dá para ter passado tanto tempo desde que começou a crise com os controladores e o problema ainda estar aí, latente, pronto para explodir em qualquer momento.

Enfim, o governo, o presidente Lula está agindo com uma incompetência desconcertante neste setor. Ou não está agindo.

Tales Faria

Um comentário:

Anônimo disse...

CONCLUSÃO:

“Na velocidade que ele vinha, não tinha como parar nem com grooving, nem com cerca, nem com tela”, afirma o presidente da Associação dos Piloto

“Com a velocidade que ele [avião] chegou na pista, não dava para parar nem com o grooving, nem com cerca, nem com tela, como querem que coloque. Tanto que ele saiu voando, atravessou a avenida por cima dos carros e entrou no prédio”, afirmou o presidente da Associação de Pilotos e Proprietários de Aviões – APPA, comandante George Sucupira.