quarta-feira, 11 de julho de 2007

Pesca artesanal em tempo de submarino nuclear

Você sabe da existência de uma Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap) ? Se fizer algum esforço vai lembrar-se de sua criação - pomposa - no início do primeiro mandato do atual governo. Foi anunciada como o instrumento de redenção da pesca nacional. Status de ministro para o secretário.

Agora, garanto que você não sabe quem é o dito cujo, sabe ?

Carlos Santanna, Pedro Albuquerque ou Altemir Gregolin ?

Para facilitar sua vida, o atual ministro é o terceiro da lista acima, o mesmo que volta à manchetes pequenas ao anunciar que pretende dobrar a produção de pescado do país, chegando a 2 milhões de toneladas por ano até 2011.

Aliás, já reparou como nossas autoridades gostam de usar o verbo "pretender" ? Não deveriam eles estar mais preocupados no "fazer", deixando as "pretensões" para o Ministério do Futuro ?

Mas vamos à notícia : o nosso ministro pretendente está participando da 2ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Aqüicultura e Pesca onde se discutem os caminhos para o desenvolvimento sustentado da pesca no país e de onde irá sair um documento com os rumos do setor nos próximos quatro anos. Ah !, sim, "e com inclusão social", afirmou êle, o que não poderia faltar.

Segundo o ministro, o encontro é estratégico e tem legitimidade para definir ações e programas e, com base nisso , ter uma orientação segura sobre o que fazer para desenvolver a pesca brasileira.

"A participação do conselho nos dá segurança de que estaremos investindo os recursos de forma compartilhada com quem faz e vive da atividade, e isso é fator determinante para que as políticas dêem certo".

Ele acrescentou que a prioridade do governo é a pesca artesanal, tanto na plataforma marítima quanto em rios, açudes e represas, com benefícios diretos às comunidades de pescadores e até de assentamentos rurais.

Gregolin citou como exemplo o assentamento Aracati, no município de Touros, no Rio Grande do Norte, onde a renda mensal da criação de peixes é de um salário mínimo para cada família.

Ainda bem que o nosso Gregolin não entende de agricultura ! Fosse ministro desta pasta, estaria pretendendo mandar plantar mandioca no fundo de nossas casas ....

Coreanos, japoneses e chineses lendo uma notícia destas devem morrer de rir ..... enquanto nós só podemos mesmo é chorar ou ir brincar de pescador em qualquer pesque-e-pague por aí !

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