Como o PT intimida o jornalismo Em escala menor, porque o evento é, evidentemente, menos grave, o PT faz com as vaias a Lula no Maracanã o mesmo que fez com o episódio do dossiê: acusa conspiração, põe-se como vítima, inventa falsas motivações. Isso muda a realidade passada? Não! Mas interfere na realidade futura.
Numa imprensa contaminada pelo “outro-ladismo” — até Jesus Cristo tem “outro lado”, não o religioso (o que é razoável), mas o moral mesmo —, há que se dar espaço também, claro, àqueles que alardeiam que tudo não passou de uma trama.
Não é só isso: já sei de pelo menos dois chefes de reportagem — que são membros da Al Qaeda petralha — que escalaram repórteres para saber se Cesar Maia manipulou ou não as vaias, se mobilizou ou não gente para hostilizar Lula. A reportagem esperada tem de ter caráter investigativo. Sempre é possível achar alguma coisa quando se sabe bem o que se procura...
A canalha ainda não decidiu qual realidade escolher. Há a tese vagabunda de que foram os ricos brancos que vaiaram Lula. Bem, se fosse assim, convenham, então não precisariam de Cesar Maia. Ela convive bem com a outra suposição, que exclui a primeira, de que tudo foi uma tramóia. Por que esperar coerência dessa gente? Foi luta de classes ou conspiração?
A gritaria, endossada pelo chororô de Lula no rádio, cria, quando menos, uma onda de intimidação nos jornais e emissoras, que não voltam a tratar do assunto. Ou, se o fazem, já pautados pelos “dois lados”.
Observem: é como se a vaia — ESTRONDOSA, UNÂNIME, INEQUÍVOCA, ECUMÊNICA — fosse só uma questão de opinião: alguns dizem que foi espontânea; outros dizem que não. Só isso passa a importar. As suas possíveis motivações desaparecem.
Até que, um dia, a própria vaia desapareça: como o mensalão, como o dossiê, como o caso Waldomiro. É a tática de sempre da esquerda, mesmo quando é uma esquerda mequetrefe, biltre, como a nossa. Foi assim, mentindo, manipulando, intimidando, que eles conseguiram massacrar 150 milhões — com rigor, chega-se a 200 milhões — em nome do humanismo. E que se dizem, até hoje, herdeiros da redenção. Reinaldo Azevedo
Essa vida de celebridade cansa! no endereço abaixo, você vê um pequeno rasgo de braveza de Lula com os fotógrafos.
E olhem que o trabalho da “catchiguria” não é hostil ao demiurgo. Imaginem sendo vaiado por 90 mil. Abaixo, falei da habilidade com que Lula passeia pelo dicionário, de A a Z. Neste caso, ele foi flagrado na letra “P”. Reinaldo Azevedo
Zero Hora, RS
2 comentários:
Como o PT intimida o jornalismo
Em escala menor, porque o evento é, evidentemente, menos grave, o PT faz com as vaias a Lula no Maracanã o mesmo que fez com o episódio do dossiê: acusa conspiração, põe-se como vítima, inventa falsas motivações. Isso muda a realidade passada? Não! Mas interfere na realidade futura.
Numa imprensa contaminada pelo “outro-ladismo” — até Jesus Cristo tem “outro lado”, não o religioso (o que é razoável), mas o moral mesmo —, há que se dar espaço também, claro, àqueles que alardeiam que tudo não passou de uma trama.
Não é só isso: já sei de pelo menos dois chefes de reportagem — que são membros da Al Qaeda petralha — que escalaram repórteres para saber se Cesar Maia manipulou ou não as vaias, se mobilizou ou não gente para hostilizar Lula. A reportagem esperada tem de ter caráter investigativo. Sempre é possível achar alguma coisa quando se sabe bem o que se procura...
A canalha ainda não decidiu qual realidade escolher. Há a tese vagabunda de que foram os ricos brancos que vaiaram Lula. Bem, se fosse assim, convenham, então não precisariam de Cesar Maia. Ela convive bem com a outra suposição, que exclui a primeira, de que tudo foi uma tramóia. Por que esperar coerência dessa gente? Foi luta de classes ou conspiração?
A gritaria, endossada pelo chororô de Lula no rádio, cria, quando menos, uma onda de intimidação nos jornais e emissoras, que não voltam a tratar do assunto. Ou, se o fazem, já pautados pelos “dois lados”.
Observem: é como se a vaia — ESTRONDOSA, UNÂNIME, INEQUÍVOCA, ECUMÊNICA — fosse só uma questão de opinião: alguns dizem que foi espontânea; outros dizem que não. Só isso passa a importar. As suas possíveis motivações desaparecem.
Até que, um dia, a própria vaia desapareça: como o mensalão, como o dossiê, como o caso Waldomiro. É a tática de sempre da esquerda, mesmo quando é uma esquerda mequetrefe, biltre, como a nossa. Foi assim, mentindo, manipulando, intimidando, que eles conseguiram massacrar 150 milhões — com rigor, chega-se a 200 milhões — em nome do humanismo. E que se dizem, até hoje, herdeiros da redenção.
Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/
Essa vida de celebridade cansa! no endereço abaixo, você vê um pequeno rasgo de braveza de Lula com os fotógrafos.
E olhem que o trabalho da “catchiguria” não é hostil ao demiurgo. Imaginem sendo vaiado por 90 mil. Abaixo, falei da habilidade com que Lula passeia pelo dicionário, de A a Z. Neste caso, ele foi flagrado na letra “P”.
Reinaldo Azevedo
http://www.youtube.com/watch?v=lHrsgkwO7Eo&mode=related&search
Grande cafageste, é o que é!!
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