quarta-feira, 18 de julho de 2007

Vale a pena (??) recordar

Publicado no Estado de São Paulo, em 29/11/1995

Morador teme risco de acidente em Congonhas
Da Reportagem Local

A Associação de Amigos e Moradores do Bairro de Moema pretende entrar com uma ação na Justiça exigindo o cumprimento das normas de segurança por parte do aeroporto de Congonhas.
Segundo Regina Monteiro, membro da associação, o principal problema é a existência de prédios altos próximo ao aeroporto.

Na sexta-feira, representantes do movimento Defenda São Paulo e de associações de moradores entregaram ao secretário da Habitação, Lair Krahenbuhl, e ao presidente da Câmara dos Vereadores, Miguel Colasuonno, documento que pede a revisão do zoneamento de áreas próximas aos aeroportos.

"Não queremos desativar Congonhas ou o Campo de Marte, mas queremos a revisão da capacidade de operação e das construções próximas", diz o presidente do Defenda São Paulo, Roberto Saruê.

Saruê quer a retirada de prédios e torres considerados "de risco" e o controle da frequência de vôos.

"Não queremos dizer que o aeroporto em si provoque risco, mas temos que trabalhar com uma hipótese de falha mecânica ou humana e quanto maior a frequência de aviões em cima de áreas já bastante construídas, maior será a chance de uma tragédia."

O coronel Marco Aurélio de Mattos, 43, do Serviço Regional de Aviação Civil, disse ontem que os aeroportos de Congonhas e do Campo de Marte são seguros e não há possibilidade de desativação.

A construção de prédios próximo ao aeroporto, segundo ele, passam pela aprovação da Aeronáutica e qualquer irregularidade notada pelos pilotos é imediatamente verificada.

A discussão em relação à segurança surgiu após a queda do avião monomotor Cessna Centurion 2, na sexta-feira, na avenida Santos Dumont, em Santana (zona norte), matando seis pessoas.
O proprietário do avião, Wagner Martins, continua desaparecido. Ontem seu advogado informou à delegada do 13º DP, Martha Rocha de Castro, que ele está viajando e deve se apresentar hoje

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